A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam
Belchior, anunciou nesta quinta-feira (28) que o Projeto de Lei Orçamentária
(Ploa) elaborado pelo governo prevê salário mínimo de R$ 788,06 a partir de 1º
de janeiro de 2015. O valor representa um reajuste de 8,8% em relação aos
atuais R$ 724,00.
Segundo a assessoria da ministra, o impacto do aumento do
salário mínimo nas contas públicas, com o pagamento de benefícios, será de R$
22 bilhões em 2015.
Belchior fez o anúncio após entregar o projeto da Lei
Orçamentária ao presidente do Senado, Renan Calheiros. Depois de ser entregue
ao Congresso, o projeto passa pela análise da Câmara e do Senado e pode sofrer
alterações antes de ser aprovado.
O valor do salário mínimo é calculado com base no percentual
de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado mais a reposição
da inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC).
“O salário mínimo previsto no Orçamento para 2015, a partir
de janeiro de 2015, será de R$ 788,06. É a regra que está estabelecida de
valorização do salário mínimo”, disse a ministra ao deixar o gabinete do
presidente do Senado.
A ministra disse que as “grandes prioridades” do projeto são
as áreas de saúde, educação, combate à pobreza e infraestrutura. O prazo para
que o Executivo envie sua previsão de como vai arrecadar e gastar os recursos
públicos termina sempre no dia 31 de agosto, conforme determina a lei.
Belchior pediu a Calheiros uma “análise rápida” da proposta
de modo que seja aprovada até o final do ano, prazo que não precisa ser
cumprido obrigatoriamente pelo Congresso. Ainda assim, o presidente do Senado
disse que o pedido da ministra poderá ser atendido.
“Coloquei toda a equipe do ministério do planejamento a
disposição do Congresso Nacional para os esclarecimentos necessários para que o
Congresso possa fazer uma análise rápida do orçamento e poder votá-lo até o
final do ano, prazo com o qual o presidente do Senado confirmou que é possível
fazer”, declarou Miriam Belchior.
Outros detalhes sobre a proposta orçamentária, segundo
Belchior, serão dados durante coletiva de imprensa no Ministério do
Planejamento em seguida.
O Congresso Nacional ainda não aprovou a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2015, que deveria servir de base para a elaboração pelo
Executivo da proposta orçamentária. Deputados e senadores entraram em recesso
informal, chamado “recesso branco”, para poderem se dedicar à campanha
eleitoral nos seus estados e só deverão retomar as atividades plenas nas casas
após o segundo turno, marcado para 26 de outubro.
A Constituição Federal determina que o recesso oficial do
Legislativo só poderia ocorrer se os parlamentares aprovassem a LDO até o
último dia de trabalho do semestre (neste ano, 17 de julho).
Com informações do G1/MA