A Polícia Civil do Maranhão, por meio da Delegacia Especial da Mulher (DEM), prendeu em flagrante o aluno de Direito, que atacou duas estudantes com gás de pimenta, dentro de uma faculdade particular, no bairro do Turu, em São Luís. O caso aconteceu na manhã da última quarta-feira (22).
Segundo informações da delegada Kazumi Tanaka, coordenadora das Delegacias da Mulher no Maranhão, a Polícia Civil apurou que o aluno já vinha perseguindo duas colegas de sala, que estavam entre os alvos do ataque.
“Durante certo tempo ele vinha perseguindo pelo menos duas alunas, que se manifestaram, tentando forçar, insistir, perseguir para que elas pudessem sair com ele, mandando mensagens, promovendo encontros presenciais, encaminhando situações que a deixavam sem ter tranquilidade, que inclusive as faziam ter receio de voltar a frequentar a faculdade, em razão da insistência e persistências desse mesmo aluno”, explicou a delegada.
Nessa quarta, as alunas estavam reunidas conversando com outras pessoas, quando o homem chegou e, de maneira súbita, jogou spray de pimenta. O gás atingiu as alunas e outras pessoas que estavam com elas.
Além disso, o homem acionou o spray de pimenta dentro da coordenação do curso. Por conta do ataque do aluno, ele precisou ser contido e acabou se ferindo. O aluno foi preso e autuado em fragrante por atingir as vítimas com gás de pimenta e pelo crime de perseguição.
De acordo com as informações obtidas pela polícia, tanto o autor quanto as vítimas das perseguições estudavam na mesma sala do curso de Direito, sendo que as alunas já vinham sendo perseguidas desde o mês de setembro deste ano e já tinham relatado o caso à direção do curso.
“Nessas ocasiões elas (as alunas) se sentiram intimidadas ao ponto de até de se sentirem constrangidas de frequentar a faculdade. Por essa razão, é que uma mulher, quando passa por esse tipo de situação, que se sente constrangida, perseguida mediante ameaças, mediante qualquer outra conduta que tire sua paz, que tire sua tranquilidade, é importante que se faça a comunicação necessária, tanto administrativamente no local de trabalho ou da faculdade, onde ela esteja, como também na própria Delegacia da Mulher, se identificar que aquela situação é um crime de perseguição”, destacou a delegada.
O site procurou a Faculdade Anhanguera Pitágoras, para saber quais providências foram tomadas em relação ao caso de perseguição relatado pelas alunas. Mas, até a última atualização desta matéria, a instituição ainda não tinha se manifestado.
g1/ma