Governo reforça informação para avançar no controle da Hanseníase
Publicado em 29/01/2018 às 07:44
Por: Isisnaldo Lopes

O Governo do Maranhão realizou um Ato Público de Educação em Saúde alusivo ao Dia Mundial de Combate a Hanseníase, na manhã deste domingo (28), na Feirinha de São Luís, na Praça Benedito Leite, Centro Histórico. O objetivo era chamar a atenção da população para a importância da prevenção e do tratamento adequado da doença.

Com o tema ‘Hanseníase: Identificou, Tratou, Curou’, o ato público organizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, contou com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís e alcançou centenas de pessoas durante o Dia Mundial de Combate a Hanseníase.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase da SES, Maria Raimunda Mendonça, explicou que a falta de informação e o preconceito prejudicam o diagnóstico precoce e o tratamento da doença. "O medo da discriminação afasta pacientes das unidades de saúde e dificulta o diagnóstico e o tratamento da hanseníase. Por isso, a informação é o melhor remédio", alerta Maria Raimunda Mendonça.

Durante a ação folders informativos foram distribuídos levando informações acerca das medidas recomendadas para a prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase. O momento foi aproveitado ainda para desmistificar preconceitos que atingem os portadores da doença. Desta forma, os profissionais de saúde esclareceram como a hanseníase se manifesta e quais as maneiras de se prevenir.

A coordenadora ainda destacou que estas ações pontuais colaboram significativamente para deixar bem claro, por exemplo, o modo de transmissão da doença e, também, para ressocializar o portador “O papel da Saúde é promover a prevenção. Distribuímos panfletos educativos e orientamos a população sobre os sintomas mais comuns da hanseníase, por isso temos a certeza de que as pessoas saem mais esclarecidas de um encontro como este”, afirmou.

A funcionária Lissandra Fraga, 39 anos, elogiou a ação e destacou a importância da campanha de conscientização. “Informação sempre é importante. As pessoas, muitas vezes, não têm o conhecimento necessário para a prevenção e tratamento de determinadas doenças. Então, essa ação, que envolve, principalmente, a hanseníase é fundamental”, disse reforçando que não apenas a pessoa com suspeita da doença deve realizar o exame, mas também os familiares e pessoas que moram com ela, por ser uma doença transmitida através do aparelho respiratório.

A turista Ramirene Silva, 32 anos, disse ser de suma importância para quem vem visitar a cidade. “Acho importante ter ações como esta em locais de grande aglomeração como aqui na Feirinha. São Luís recebe muitos visitantes e ver que o governo está preocupado com a saúde pública é reconfortante”, avaliou.

De acordo com o Departamento Estadual de Epidemiologia, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), somente em 2016, foram registrados 3.247 casos da doença. Destes, 314 em menores de 15 anos. Em 2017, com as ações de mobilização, 2.900 pacientes procuraram unidades de saúde para a realização dos exames.

O diagnóstico e tratamento da hanseníase pode ser realizado nas unidades básicas de saúde. Os casos mais sérios são direcionados aos centros de referência, como Hospital Aquiles Lisboa e o Centro de Saúde Genésio Rêgo, ambos do Estado.Sobre a hanseníaseA doença infectocontagiosa é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, e que, se tratada, tem cura.

A transmissão se dá pelas secreções das vias aéreas superiores e por gotículas de saliva. Embora seja uma doença basicamente cutânea, pode afetar os nervos periféricos, os olhos e, eventualmente, alguns outros órgãos.Os principais sintomas são as manchas espalhadas pelo corpo.

Outros sintomas são comprometimento dos nervos periféricos e aparecimento de caroços ou inchaço nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos.O tratamento da hanseníase é feito por via oral, com poliquioterapia (PQT), um coquetel de antibióticos, fornecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde nas Unidades Básicas de Saúde sob a supervisão de médicos ou enfermeiros.

 

 

 

 

 

Da Assessoria

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