IMPERATRIZ - Clínicas de hemodiálise podem suspender atendimento
Publicado em 21/06/2017 às 06:54
Por: Isisnaldo Lopes

As duas clínicas que realizam hemodiálise pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Imperatriz, estão há dois meses sem receber o repasse de convênio da Prefeitura. Com o atraso, as clínicas terão o funcionamento prejudicado. Cerca de 400 pacientes poderão ficar sem dar continuidade ao tratamento. O valor já passa de dois milhões de reais.

A CDR- Clínica de Doenças Renais e a CNI- Clínica de Nefrologia de Imperatriz, estão desde abril sem receber o repasse do convênio da prefeitura, assim, estão impossibilitados de pagar os seus servidores e fazer a manutenção da clínica.

De acordo com o médico nefrologista da clínica, Paulo Zittlau, o repasse referente ao mês de abril e maio já foram enviados para a Prefeitura, mas até agora, não chegou nas clínicas.

“Não conseguimos trabalhar dessa forma. Tem sido uma constante falta de pagamento por parte do poder público e isso causa uma insegurança a toda a empresa, administração e aos pacientes. Nós temos a obrigação de dar aos nossos pacientes um atendimento digno à eles. Só que nós também temos o direito de receber por esse tratamento prestado. O Ministério da Saúde já repassou os valores dos dois meses (abril e maio) para a Prefeitura e até o momento esse dinheiro não foi repassado às clínicas de Imperatriz”.

Só na área de enfermagem, são mais de 100 funcionários, além da equipe de oito médicos. A clínica possui uma estrutura complexa, e caso não receba os recursos, terão problemas de manutenção, como as das 46 máquinas que são responsáveis pelo tratamento dos pacientes.

O paciente Adailton Alves faz hemodiálise há três anos. Ele conta que três vezes por semana vai para a Clínica dar continuidade ao tratamento e comenta a situação:

“A gente fica preocupado, porque se passar mais de uma ou duas sessões, o corpo já começar a inchar, com falta de ar. É muito preocupante”, lamenta o paciente.

O tratamento

Hemodiálise é um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina.

As sessões de hemodiálise são feitas geralmente em clínicas especializadas ou hospitais, e são realizadas de três à quatro dias por semana.

“Se a gente ficar sem dialisar é a morte pra todos que fazem, porque são três vezes por semana. Quando falta um dia de diálise já se sente mal, imagina se parar?”, indagou a paciente Eliane Moreira, que faz tratamento há mais de três anos.

Foi solicitada nota à prefeitura sobre a situação, mas até agora não obteve resposta.

 

 

 

 

 

 

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