Ameaça de fechamento preocupa trabalhadores siderúrgicos no MA
Publicado em 26/05/2017 às 06:29
Por: Isisnaldo Lopes

A ameaça de fechamento e mais demissões no setor siderúrgico tem preocupado trabalhadores e empresários em Açailândia, a 600 km de São Luís. Reuniões vêm sendo realizadas para encontrar soluções para essa que é considerada a maior crise que as empresas já enfrentaram em mais de 20 anos.
Os impactos do pior momento do polo siderúrgico no município estão em constantes debates. Com perdas significativas de postos de trabalho nas siderúrgicas e empresas prestadoras de serviços cresce o temor de que a situação ainda fique mais grave.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Brito, diz que em março de 2017 foi registrada mais de 600 demissões. “Nós tivemos no mês de março, só no nosso sindicato, mais de 600 demissões devido o fechamento da Guarani e Pindaré. Só que agora nesse momento é o momento pior que nós estamos passando aqui em Açailândia”.
A crise no setor siderúrgico começou em 2008 e vem se acentuando na cidade. Em 2010 fechou a primeira siderúrgica e no passado outras duas anunciaram o encerramento das atividades em Açailândia. O polo que já operou com cinco empresas agora tem somente duas no Maranhão.
As empresas operam com menos de 50 por cento da capacidade. Desde o início do ano reuniões coordenadas pela a Associação Comercial, sindicatos e representantes de empresas, como a Vale, têm discutido formas de mudar o cenário negativo.
Pedro Neto, gerente de operações da Vale, pontua que o papel da empresa é fortalecer a competitividade do polo de Açailândia. “O nosso papel aqui é fortalecer, mostrar que a presença da Vale na região nesse negócio ele é um ponto positivo. A gente é uma alavanca que fortalece a competitividade do polo para fortalecer os laços com o polo Cruzeiro, com a comunidade, com os empresários”.
Segundo Cláudio Azevedo, presidente do Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa (Sifema), manter a concorrência com o mercado internacional é um desafio cada vez mais difícil de ser vencido. “Nós não temos como investir no mercado internacional com o gusa produzido na Ucrânia e na Rússia. Eles não tem esse custo Brasil, que a gente chama aqui. Então, eles colocam o gusa lá 250, 260 dólares. Nosso custo de produção aqui é 300. Para nós colocarmos lá é 350. Nós pagamos o minério de ferro mais caro, talvez, do Brasil, equivalência a exportação. O preço que é na China é praticamente o preço nosso aqui”, finalizou.

 

 

 

 

 

G1/MA

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