Maranhão ocupa 23ª posição em saneamento básico, diz pesquisa
Publicado em 22/02/2017 às 06:40
Por: Isisnaldo Lopes

O Maranhão é um dos estados menos assistidos do país em coleta de esgoto e fornecimento de água. Os dados foram divulgados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) em janeiro deste ano e mostram que apenas 12,1%, dos maranhenses têm acesso a esse tipo de serviço em relação a esgoto.

Segundo o levantamento do SNIS, no tratamento de esgoto, o Maranhão só fica à frente de estados como Pará, Acre, Rondônia e Amapá, considerado o pior em assistência no serviço. Quando o assunto é água, o Maranhão sobe uma posição e fica à frente do Piauí. O Maranhão tem 56,2% de cobertura neste serviço, enquanto o Amapá é o pior, com irrisórios 3,8%.

Em um ranking das 100 maiores cidades do país, São Luís (MA) é a 79ª no quesito, segundo o levantamento produzido pelo Instituto Trata Brasil. Apesar de oferecer serviços d’água tratada a 88,02% dos habitantes, 47,9% da população tem acesso à coleta de esgoto e somente 4,03% do esgoto produzido é tratado.

Ainda segundo o estudo, por causa da precariedade na distribuição, 28,35% dessa água se perde entre vazamentos, roubos e ligações clandestinas, erros ou simplesmente falta de medição. A perda média entre as 100 cidades, de acordo com o instituto, é de 36,9%.
O levantamento aponta ainda que desde 2008, a capital maranhense investiu em água e esgotos apenas R$ 68.138.968 do que foi arrecadado com os serviços, o que corresponde a cerca de 20%.

O site entrou em contato com a Companhia de Saneamento Ambiental, mas o órgão não quis se pronunciar.

Plano Nacional de Saneamento
Em paralelo com a Lei do Saneamento Básico, um plano nacional foi elaborado e lançado em 2014 pelo governo federal para servir de base para o setor. O plano estabelece metas de curto, médio e longo prazo com base em indicadores de água, esgoto, manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais e gestão dos serviços de saneamento. Há metas de universalização dos serviços, de diminuição dos índices de desperdício de água, de erradicação de lixões, entre outros.

Segundo o plano, o custo para universalizar os quatro serviços (água, esgoto, resíduos e drenagem) é de R$ 508 bilhões entre 2014 e 2033. Já para a universalização de água e esgoto, o custo será de R$ 303 bilhões.

 

 

 

 

G1/MA

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